domingo, 17 de julho de 2011

Em busca do Amor


O meu Destino disse-me a chorar:
-" Pela estrada da Vida vai andando,
E, aos que vires passar, interrogando
Acerca do Amor, que hás-de encontrar."


Fui pela estrada a rir e a cantar,
As contas do meu sonho desfiando...
E noite e dia, à chuva e ao luar,
Fui sempre caminhando e perguntando...


Mesmo a um velho eu perguntei:-" Velhinho,
Viste o Amor acaso em teu caminho? "
E o velho estremeceu... olhou... e riu...


Agora pela estrada, já cansados,
Voltam todos pra trás desanimados...
E eu paro a murmurar:-"Ninguém o viu!..."


Soneto de Florbela Espanca, in "Sonetos"

4 comentários:

  1. Querida Moçoila. Lindo este poema.
    Agora penso assim, o que tem a perder?
    Se não se permitir não vai encontrar!!!
    Entre a razão e a emoção faça o que vale a pena.
    Se tiver que se arrepender de alguma coisa, se arrependa por algo que tenha feito. Beijos meu anjo.Com carinho sempre. Kaoma

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  2. Querida Kaoma, lindíssimo soneto, sim, mas atenção que eu não sou a autora... antes fosse rsrsrs
    A autora é Florbela Espanca e tem imensos, todos eles lindíssimos.
    Eu concordo consigo, primeiro faz-se e depois arrepende-se, se for o caso. Não sou eu quem fala neste poema, é ela, a Florbela kkkkkk
    Beijinhos no coração

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  3. Oi Moçoila,
    vim agradecer seu comentário deixado lá no diHITT (sobre o Pai Nosso). Valeu mesmo.
    Grande abraço, saúde e muita paz!

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  4. Milton
    Nada a agradecer, comento quando o assunto me interessa e é com prazer que o faço
    Beijinhos

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