terça-feira, 6 de março de 2012

Gato Quente

 Numa aldeia alentejana, um camponês chega ao armazém da aldeia  num gelado dia de Inverno, com uma tremenda geada, e um frio que te poderias rir da Sibéria.
- Manuel - diz ele ao dono - quero que me vendas um desses sacos de borracha que se lhe põe água a ferver dentro, para aquecer  a cama e ter os pés quentes.
- Que chatisse, João, que má sorte a tua; justamente esta manhã  vendi o último à Maria, a da casa do Cercado.
- Manuel, que raio de sorte a minha, que faço eu agora com o frio que faz à noite ?

- Não te preocupes homem, eu empresto-te o meu gato.

- O teu gato? Para que quero um gato?
- O meu gato é gordinho,  colocas o bichano nos pés, debaixo da roupa e verás que quentinho que ficas toda noite.

Na Quinta Feira voltarei a ter sacos de borracha e quando vieres buscar um, devolves-me o gato.
- Bom, está bem, Manuel.
João pega no gato e  dirige-se a sua casa.

 No dia seguinte aparece na loja de Manuel com a cara desfigurada pelos arranhões.

- Manuel, venho  devolver-te este gato de m3rda e podes metê-lo  no ku. Olha em que estado esse malparido me deixou!
-Mas João, que se passou? O gato é o mais manso que há.

-Manso? ...... manso uma m3rda, o funil no ku ele aguentou , mas quando comecei a deitar-lhe a água a ferver virou uma fera furiosa, atirou-se a mim  e deu-me cabo da cara! ...

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